“Caso haja algum tipo de intervenção de um organismo multilateral, seja das Nações Unidas ou até da União Africana e se for solicitada a participação do Brasil, nós vamos estudar e olhar”, afirmou, em entrevista à Lusa, à margem da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre em Luanda.
“Não vamos fugir das nossas responsabilidades”, acrescentou o vice-Presidente brasileiro.
“O Brasil, nos anos 90 já participou numa força de paz em Moçambique”, no quadro das negociações de paz, cabendo mesmo a liderança da missão de capacetes azuis ao general Lélio Gonçalves Rodrigues da Silva.
“Nós tivemos uma participação em termos de tropa que não era tão expressiva, era uma companhia de infantaria”, recordou o também general Hamilton Mourão.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico. Há mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com as Nações Unidas.
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