“As partes continuam firmemente empenhadas na construção da paz em Moçambique, pois será pela paz que o nosso país prosperará”, lê-se num comunicado da Presidência da República hoje divulgado sobre o encontro realizado na terça-feira.
Os dois dirigentes passaram em revista “os progressos na implementação do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional”, assinado em agosto de 2019, e “discutiram vários pontos importantes que irão consolidar ainda mais o espírito do Acordo” no futuro do país.
O Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) já abrangeu 2.307 ex-combatentes da Renamo, “começando agora a sua reintegração na sociedade”.
O processo segue uma rota de “progresso continuado”, apesar dos desafios “impostos pela pandemia da covid-19”, que é “testemunho do desejo coletivo das partes de alcançar a paz”.
Nyusi e Momade dizem-se empenhados em “assegurar que os restantes combatentes sejam totalmente desarmados e desmobilizados”, voltando a lançar o convite ao grupo dissidente de Mariano Nhongo – a autoproclamada Junta Militar da Renamo – para se juntar ao DDR.
O Presidente moçambicano e o líder da oposição reconhecem a necessidade de “assegurar que os esforços realizados até à data sejam sustentáveis, o que exigirá um compromisso renovado para apoiar a reintegração dos já desmobilizados”.
O comunicado promete trabalho conjunto para “assegurar que eles [ex-combatentes] possam realizar o seu potencial”.
“As partes acordaram iniciar o processo de integração dos ex-combatentes da Renamo na Polícia da República de Moçambique, conforme acordado no Memorando de Entendimento e como elemento de consolidação da reconciliação nacional”, conclui o comunicado.
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