“Já está bastante avançado, faltam pequenos detalhes para a proposta ser finalizada e então apresentar os próximos passos, para a sua aprovação e depois publicação (…) Esperamos que ainda este ano consigamos atingir essa meta”, afirmou Noel Barreto.
O diretor nacional de Saúde falava à margem do seminário “O excesso do sal como um dos fatores de risco para o AVC”, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, na Praia, em parceria com a Direção Nacional da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O objetivo passou por debater a importância de reduzir o consumo de sal nos alimentos, prevenindo assim o risco de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC), o que para o responsável implica comunicação e sensibilização da população sobre os riscos, mas também pela via legal: Regulando as quantidades presentes nos alimentos à venda no arquipélago, para minimizar os riscos do consumo excessivo, “face aos efeitos na saúde”.
Para Jorge Noel Barreto, a legislação em preparação, para ser submetida ao Governo, “deve regular essas quantidades nos produtos que são disponibilizados” em Cabo Verde, não só os produzidos localmente.
“Mas também em termos de importação deve ter um impacto, porque de nada adianta se nós regularmos as condições para os produtos nacionais e continuarmos a disponibilizar produtos importados que têm as quantidades dessas substâncias para além daquilo que é recomendado”, afirmou.
Os dados apresentados hoje no evento, com base num inquérito sobre doenças não transmissíveis de 2020, apontam que cerca de 30% da população sofre de hipertensão e que em Cabo Verde as pessoas estão a consumir 9,2 gramas de sal diariamente, quase o dobro do recomendado pela OMS, que é de até cinco gramas.
PVJ // LFS