Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 1,99%, para os 33.587,66 pontos, a sua descida mais forte desde janeiro.
Mas as maiores perdas foram apresentadas pelo tecnológico Nasdaq, que viveu a pior sessão desde março e desvalorizou 2,67%, para as 13.031,68 unidades.
Por sua vez, o alargado S&P500 recuou 2,14%, para os 4.063,04 pontos, o seu pior dia desde fevereiro.
Segundo o Departamento do Trabalho, o índice de preços no consumidor subiu 0,8% em abril, em termos mensais, e 4,2% em termos anuais, que é o valor mais alto desde há 13 anos.
Este valor surpreendeu os analistas que esperavam uma subida mensal dos preços mais modesta, de apenas 0,2%.
Ficaram assim relançadas as interrogações sobre um eventual ajustamento da política monetária ultra acomodatícia da Reserva Federal (Fed), que apoia a economia desde o início da pandemia com taxas de juro baixas e um vasto programa de compra de ativos.
“Mesmo que a Fed continue a repetir que está disposta a deixar a inflação subir, considerando que a subida é temporária, os investidores demonstraram hoje que não acreditam nessa mensagem”, afirmou Art Hogan, da National Holdings.
Este analista apontou que uma inflação galopante e descontrolada poderia, a prazo, ter um impacto negativo nos lucros das empresas cotadas.
Sinal deste receio de uma subida demasiado rápida dos preços, a taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos, que evolui em sentido inverso ao do seu preço, subiu para 1,70%, que compara com os 1,62% da véspera.
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