Três membros do Governo e o presidente da Câmara Distrital de Lobata (norte da ilha de São Tomé), a mais afetada pelo temporal, reuniram-se para “delinear estratégias” que serão submetidas ao Conselho de Ministros previsto para hoje à tarde.
“O vendaval da semana passada causou imensos prejuízos aos agricultores e não só, e o Governo reuniu-se hoje para delinear ações para dar respostas a catástrofe. As casas foram levadas pelo vento, as pessoas não têm onde viver e há uma necessidade urgente de resolver o problema da habitação para essas pessoas”, disse Eugénio do Nascimento, no final do encontro de cerca de uma hora.
No encontro estavam o ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, Francisco Ramos, do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adllander Matos, o secretário de Estado das Obras Píblicas, Ambiente e Ordenamento do Território, Eugénio do Nascimento, e o presidente da Câmara Distrital de Lobata, Arlindo Guê.
De acordo com o secretário de Estado, o encontro de hoje destinou-se a “delinear ações com certa urgência e reunir condições para dar a essas pessoas condições de habitabilidade”. Mais de uma centena de pessoas perderam casas e outros bens na sequência do temporal.
“Acertámos algumas ações, vamos cada um de nós nos nossos ministérios coordenar atividades e ainda hoje, na altura do Conselho de Ministros, apresentar propostas concretas”, acrescentou o governante.
Ainda hoje deverá realizar-se uma visita multissetorial às localidades mais afetadas para que as autoridades tenham “a noção exata dos prejuízos” e procurem “mobilizar meios o mais urgentemente possível”.
Segundo o governante, esta visita vai permitir “ter uma noção exata da dimensão dos prejuízos” causados pela intempérie porque o governo pretende “em semanas ou um mês” mobilizar fundos para “dar respostas a essas situações”.
Na madrugada de sexta-feira um vendaval varreu as ilhas de São Tomé e Príncipe a uma velocidade de 107 quilómetros/hora, provocando enormes estragos a dezenas de residências, e deixou pelos menos três dezenas de famílias sem abrigo e outros bens.
As comunidades do distrito de Lobata foram as mais afetadas.
O presidente da câmara distrital, Arlindo Guê, lamentou quo o seu distrito tenha ficado “praticamente destruído por completo”.
“Apenas na comunidade de Boa Esperança, mais de 14 famílias ficaram sem tetos”, disse Arlindo Guê, sublinhando que para além de derrubar árvores que “destruiram várias habitações”, também “vários agricultores perderam as suas plantações”.
“As pessoas estão a ter assistência, mas mínima. A Câmara Distrital de Lobata apoiou com alguma medida, a direção do comércio vai apoiar em termos de alimentação, mas ao nível da habitação, que é mais fundamental, vamos ter que resolver o mais urgentememte possível”, referiu ainda o secretário de Estado das Obras Públicas, Ambiente e Ordenamento do Território.
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