São Tomé e Príncipe registou hoje mais um óbito por covid-19 e 26 novas infeções, aumentando o número de óbitos para 28 e os casos para 1.745.
“A taxa de infeção está a aumentar de forma muito acelerada com todas as suas consequências, tais como o aumento da taxa de mortalidade e a taxa de internamento”, disse o ministro da Saúde, Edgar Neves.
As novas medidas restritivas entram em vigor em 01 de março e prolongam-se por 15 dias, abrangendo a suspensão das aulas do ensino diurno e noturno em todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados, a realização dos cultos e missas e o encerramento dos estabelecimentos comerciais, restaurantes, bares, quiosques e padarias às 17:00.
“Apenas as farmácias e postos de abastecimento de combustíveis poderão funcionar em horário normal”, referiu o comunicado do Governo, lido pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Novas Tecnologias e Comunicação Social.
De acordo com Wando Castro, “os funcionários públicos com filhos menores de 10 anos, beneficiarão de uma licença especial para ficar em casa e cuidar dos seus filhos”.
O comunicado indicou ainda que os funcionários públicos “continuam a trabalhar até as 13:00 em sistema de presença alternada salvo os serviços especiais do Estado que praticarão um horário normal de funcionamento”.
“Os mercados municipais passarão a funcionar em regime de venda alternada respeitando as medidas gerais sanitárias, sobretudo o uso de máscaras obrigatório” e “fica proibida a deslocação às praias mesmo que seja para simples mergulho”, acrescentou o comunicado do Conselho de Ministros.
Durante os próximos 15 dias, a começar em 01 de março, estão suspensas cerimónias de batizados e casamentos, tanto a nível civil como a nível religioso, e ficam proibidas “a realização de palestras com mais de 25 pessoas, exceto as sessões plenárias da Assembleia Nacional caso se justifique”.
O Governo anunciou o aumento das coimas “aos prevaricadores e, em caso de infração grave, serão enquadrados nos crimes de desobediência e crimes de atentado à saúde pública”.
O executivo decidiu ainda alocar “uma verba especial de urgência” ao Ministério da Saúde, “para que haja uma intervenção a nível do hospital central, do hospital de campanha e do laboratório de referência, e reforçar também a capacidade de resposta dos profissionais da saúde”.
O Governo são-tomense defendeu que as medidas visam fazer “o equilíbrio necessário em salvaguardar e garantir as condições sanitárias” das populações, “mas, por outro lado, criar todas as condições para que haja o bem-estar económico social para evitar outro tipo de consequência que possa advir dessa situação de pandemia” que enfrenta desde há um ano.
O ministro da Presidência do Conselho de Ministros anunciou também que em 02 de março se realiza “uma reunião de alto nível”, com o Presidente da República, em que “há possibilidade de assumir medidas mais gravosas”.
Os 26 novos casos de infeção hoje registados são todos da ilha de São Tomé, onde 10 pessoas continuam internadas no hospital de campanha, 366 estão em isolamento domiciliar e 21 foram dados como recuperados, aumentando o total para 1.336 recuperações.
Na ilha do Príncipe, cinco cidadãos estão em isolamento domiciliar, somando 381 o total de pessoas com covid-19 sob vigilância.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.508.786 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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