Em novembro de 2020, o executivo de Hichem Mechichi fez um acordo com responsáveis sindicais e membros de um comité que tinham bloqueado durante semanas a produção petrolífera para exigir fundos para esta região marginalizada.
Três meses depois, nada foi concretizado segundo o comité, que relançou os protestos numa altura em que Mechichi se encontra num “braço de ferro” com o Presidente Kais Saied sobre uma remodelação governamental.
Os manifestantes incendiaram pneus e obrigaram os comerciantes a fecharem as lojas para participarem no movimento de protesto, criticado por alguns habitantes, constatou um correspondente da agência France-Presse.
Na véspera, o exército interveio para impedir que uma dúzia de elementos do comité acedesse às instalações petrolíferas de El-Kamour, onde ameaçavam fechar um oleoduto, indicou o comité através da rede social Facebook.
Aquele oleoduto, que transporta metade da produção petrolífera da Tunísia, foi bloqueado em diversas ocasiões, nomeadamente em 2017, por protestos que degeneraram em confrontos com as forças de segurança.
A taxa de desemprego em Tataouine ultrapassa os 30%, uma das mais elevadas do país, e a taxa de pobreza atinge os 17,8%. A crise sanitária agravou a situação na zona ao destruir milhares de empregos e dificultar os pequenos trabalhos transfronteiriços que sustentam numerosas famílias.
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