A informação foi avançada pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, durante a cerimónia de inauguração das obras de remodelação da sede da Inforpress, que segundo o governante servem para “estancar” o processo de degradação do edifício, situado em Achada de Santo António, o bairro mais populoso da cidade da Praia.
“Mas sobretudo preparar o edifício para uma nova fase de intervenção, que será o alargamento, com a construção de mais um piso, onde se destaca um espaço para outras agências e instituições que possam vir aqui trabalhar, e a criação de um auditório com 70 lugares”, completou o ministro.
A reabilitação foi financiada pelo Governo cabo-verdiano, num valor superior a quatro milhões de escudos cabo-verdianos (36,7 mil euros).
“Estamos aqui a tentar criar uma infraestrutura que possa reposicionar a Inforpress, tendo não só a mais-valia técnica, mas acrescentando aquilo que é a qualidade de infraestrutura, para que o trabalho seja realizado”, prosseguiu Abraão Vicente, que aproveitou para valorizar a “parceira estratégica” com a agência Lusa, através da cooperação, portuguesa, para ministrar formações.
“Esta é a primeira fase de um projeto muito mais ambicioso, que levará à ampliação do edifício”, completou o titular da pasta da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde.
O ministro voltou a salientar a ambição da Inforpress de ser uma “referência” na sub-região da África Ocidental, onde também quer disponibilizar os seus serviços.
“Para isso é preciso mais formação do corpo técnico, dos jornalistas. A nossa infraestrutura também tem que ser capaz de, através da adoção da inteligência artificial e das novas tecnologias, ampliar a nossa penetração na nossa sub-região”, sustentou Abraão Vicente.
Na ocasião, a gestora da única agência de notícias de Cabo Verde, Jacqueline de Carvalho, disse que as obras consistiram em reparações no teto e na cobertura, bem como reconstrução da vedação e pintura de todo o exterior.
Para a gestora da Inforpress, a remodelação do edifício representa o “renovar de esperança”, num momento em que a agência está a consolidar muitos ganhos, como o novo Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) e um plano de negócios, que prevê um novo modelo de negócios baseado na comercialização de conteúdos, dois instrumentos que aguardam aprovação final da tutela.
Nos últimos anos, avançou Jacqueline de Carvalho, já foram realizados investimentos de mais de 16 milhões de escudos (145 mil euros) na Inforpress, em tecnologias, infraestruturas e formações.
A Agência Cabo-verdiana de Notícias, com 34 anos de existência, conta neste momento com cerca de três dezenas de trabalhadores, na maioria jornalistas, e distribui notícias gratuitamente aos órgãos de comunicação social cabo-verdiana.
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