Em declarações à agência Lusa o responsável pela comunicação da administração municipal do Rivungo, André Kuvuandinga, disse que a atividade teve hoje início com a identificação de oito elefantes, líderes de oito manadas.
Segundo André Kuvuandinga, este trabalho deverá durar dez dias e inclui especialistas de dois dos cinco países que fazem parte do projeto Okavango/Zambeze (KAZA), que integra também o Botsuana, Zimbabué e a Zâmbia.
A colocação deste dispositivo nos mamíferos visa controlar a sua migração de um país para outro, podendo-se assim “delimitar o território onde chegam os elefantes de Angola, ou seja, de cada país que está envolvido no projeto”.
O regedor da comuna do Luiana, município do Rivungo, França Cerera, citado numa nota da administração comunal, questionou a insuficiência de fiscais, tendo em conta a dimensão do parque, defendendo a necessidade de recrutamento de mais efetivos para o combate à tentativa de caça furtiva dos animais.
Por sua vez, o diretor do gabinete provincial do Ambiente, Júlio Bravo, disse que foram identificadas quatro zonas de maior circulação de elefantes, que são o corredor do Cuando, Bua-Buata, Pico de Angola e o interior do parque.
André Kuvuandinga salientou que, até 2010, aquela zona foi muito afetada pela caça furtiva.
O Projeto KAZA, lançado em 2013, é desenvolvido nos cinco países africanos com a maior população de elefantes, ocupando uma área com mais de 519 mil quilómetros.
O parque do Luengue, localizado na comuna do Luiana, município de Rivungo, foi fundado em 2011 e ocupa uma área de 22.610 quilómetros quadrados, estendendo-se da reserva parcial do Luiana até às antigas coutadas públicas de Longa.
Entre os vários animais existentes no parque, destaca-se a presença de elefantes, búfalos, leões, nunces, bambis e palancas.
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