Em São Paulo, que tem 12,1 milhões de habitantes e detém o título de cidade mais populosa do Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde alega que 48% das vagas das camas de cuidados intensivos para tratamento de doentes infetados pelo novo coronavírus estavam ocupadas, mas o portal UOL informou que os hospitais públicos da cidade têm já lotação que chega a até 78%.
No Rio de Janeiro, que tem uma população estimada em 6,7 milhões de pessoas, a ocupação das camas de cuidados intensivos para pacientes com covid-19 atinge 94% na rede pública e mais de 90% nos hospitais privados.
O jornal O Globo citou dados de controlo interno da Secretaria Municipal de Saúde do governo ‘carioca’ para informar que das 34 unidades da rede pública de saúde voltadas para atendimento de pacientes com covid-19 apenas uma estava apta a receber novos pacientes.
A subida de casos no país foi admitida pelo ministro da Saúde brasileiro, Eduardo Pazuello, na quinta-feira.
“Estamos a falar de repique de contaminações e mortos em algumas regiões. Sim, é só acompanhar os dados no nosso ‘site’. No sul e no sudeste do país o repique é mais claro. E no norte e nordeste é bem menos impactante, com algumas cidades fora da curva. No centro-oeste ele é bem mais no meio do caminho. Sim. Isso é um repique da nossa pandemia”, disse Pazuello, citado pela imprensa local.
Já a Fundação Oswaldo Cruz, instituição ligada ao Governo central brasileiro, frisou que o número de estados com pelo menos uma região com tendência de aumento nos casos de covid-19 passou de 15 para 21 numa compilação de dados que considerou registos do dia 15 até 21 de novembro.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (mais de 6,2 milhões de casos e 171.460 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.433.378 mortos resultantes de mais de 60,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
CYR (MYMM) // LFS