João Lourenço não tinha até agora feito qualquer declaração sobre a morte, que testemunhas e a família atribuem à polícia, contradizendo a versão oficial do hospital Américo Boavida, que aponta para “ofensa corporal” com “objeto contundente não especificado”.
“Eu sou o jovem João Lourenço”: foi assim que o Presidente se apresentou perante a plateia de mais de uma centena de jovens, no encontro onde vão intervir 19 representantes de vários setores, associações, formações políticas e ativistas.
O chefe de Estado angolano focou o “momento difícil” que se vive em Angola devido à crise económico-financeira associada ao baixo preço do principal produto de exportação de Angola, o petróleo, bem como o elevado nível de endividamento externo do país, agravados pelo desafio da pandemia de covid-19.
“Num quadro destes é natural que as preocupações dos jovens aumentem”, salientou, considerando que esta faixa etária será das que mais sente dificuldades, como a falta de emprego ou a escassez de habitação.
João Lourenço afirmou que o encontro com os jovens serve precisamente para que esses façam ouvir as suas preocupações diretamente ao poder, sendo uma forma de se manifestarem, alternativa aos protestos na rua.
Esta é a terceira edição dos diálogos do Presidente angolano com representantes juvenis, depois de ter passado pelas províncias do Bié e do Zaire.
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