“O desempenho do programa ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargada tem sido seguro, apesar de a pandemia ter atrasado algumas reformas estruturais”, lê-se na nota hoje divulgada em Washington, no final de uma visita virtual que decorreu entre de 13 de novembro até segunda-feira, a segunda ao abrigo do programa acordado no ano passado.
No texto, o FMI diz que a economia de São Tomé e Príncipe deverá contrair-se 6% este ano, recuperando depois para 2 a 3% no próximo ano e estabilizando nos 4% a longo prazo: “A pandemia de covid-19 teve um impacto severo na economia de São Tomé e Príncipe, com o PIB a cair 6% este ano devido à fraca procura externa e às medidas de confinamento”, apontam os peritos do FMI.
Nas discussões com as autoridades, o FMI defendeu medidas que “respondam às urgentes necessidades em termos sociais, de saúde e económicas”, detalhando que “o Orçamento para 2021 deve dar espaço para um aumento da despesa social, ao mesmo tempo que garante os planos de consolidação orçamental”.
Entre as medidas, o FMI aponta a aplicação de reformas estruturais, a melhoria do ambiente de negócios e o desenvolvimento de setores importantes como o turismo, que são “fundamentais para acelerar a recuperação e aumentar o potencial de longo prazo da economia”.
O setor energético, as empresas públicas e a retirada do país da lista negra da União Europeia sobre as viagens aéreas também ajudaria a recuperar o setor do turismo, conclui o FMI.
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