Como é habitual desde o início do conflito a 27 de setembro, as partes rejeitam a sua responsabilidade pelas hostilidades, que já causaram cerca de 600 mortos, 67 dos quais civis, segundo balanços parciais. O Azerbaijão não comunicada mortes entre as suas tropas.
Assim, os separatistas de Nagorno-Karabakh acusaram o exército adversário de lançar uma tripla ofensiva, no sul, a norte e a nordeste da autoproclamada república. Baku, por seu turno, afirmou “respeitar o cessar-fogo”, acusando o lado arménio de disparar sobre os distritos azeris de Goranboy, Terter e Agdam.
A trégua negociada sob a égide da Rússia deveria ter entrado em vigor no sábado ao meio-dia para permitir pelo menos uma troca de prisioneiros e de corpos, mas nunca foi respeitada.
A agência oficial iraniana Irna noticiou hoje a queda no país perto da fronteira com o Azerbaijão de um avião não tripulado (‘drone’) de origem estrangeira, adiantando que “a nacionalidade do ‘drone’ e as causas da queda estão sob investigação”.
O aparelho, que caiu numa aldeia na província de Ardebil (noroeste), sem causar vítimas ou danos, “poderá pertencer ao Azerbaijão ou à Arménia, tendo em conta os combates no outro lado da fronteira norte do Irão”, segundo a Irna.
O Nagorno-Karabakh, território de maioria arménia, separou-se do Azerbaijão, o que levou a uma guerra que causou mais de 30.000 mortos nos anos 1990.
Desde então Baku acusa a Arménia de ocupar o seu território e os confrontos armados são regulares, mas as hostilidades em curso são as mais graves desde 1994.
Após quase 30 anos de impasse diplomático, o presidente azeri, Ilham Aliev, jurou recuperar o controlo do território, pela força se necessário.
O receio é que o conflito se internacionalize, dado que Ancara encoraja Baku à ofensiva e Moscovo tem um tratado militar com Erevan.
A Turquia é acusada de ter enviado combatentes sírios pró-turcos para ajudarem o Azerbaijão, o que Baku desmente.
No entanto, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, indicou que já morreram nos combates 119 combatentes sírios de fações pró-turcas, dos cerca de 1.450 destacados em Karabakh.
PAL // FPA