O supercomputador japonês Fugaku, que consegue realizar cerca de 415 quadrilhões de cálculos por segundo, comprovou que as máscaras descartáveis são mais eficazes na proteção de gotículas respiratórias transportadas pelo ar do que os outros tipos de máscaras reutilizáveis.
Fugaku simulou várias situações envolvendo três tipos de máscara e descobriu que as máscaras que não são feitas de tecido são melhores do que as feitas de algodão e poliéster na proteção contra as partículas e gotículas emitidas através da tosse, segundo a agência Nikkei Asian Review.
Apesar de as máscaras descartáveis, ou cirúrgicas, serem relativamente baratas porque são fabricadas em grandes quantidades, houve a necessidade de recorrer às máscaras reutilizáveis porque a produção não conseguia acompanhar a procura. Quando se começou a recorrer a estas máscaras, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que deviam ser lavadas com sabão ou detergente e água a pelo menos a 60ºC, no mínimo uma vez ao dia.
No entanto, as simulações comprovam que as máscaras sociais não impediram a passagem de todas as gotículas emitidas pela tosse, interditando apenas 80% das gotículas, de acordo com o Instituto Riken, um instituto de pesquisa apoiado pela cidade de Kobe, no Japão. Já as máscaras cirúrgicas conseguiram impedir que todas as partículas fossem transmitidas.
Sobre as gotículas mais pequenas, as máscaras descartáveis deixaram escapar mais de 10% destas, pelos espaços entre a extremidade da máscara e o rosto, de acordo com o modelo do computador. As mascaras de algodão permitiram 40% .
“O mais perigoso é não usar máscara”, alerta Makoto Tsubokura, líder da equipa do centro de ciência computacional de Riken. “É importante usar uma máscara, mesmo que seja uma de pano menos eficaz”, refere o líder, encorajando as pessoas a utilizar máscara mesmo nas alturas de maior calor.