Em pouco mais de 15 anos, deixou de ser um desconhecido jovem estudante de Harvard para se tornar o detentor de uma conta bancária com um número imenso de zeros. Qualquer coisa como 100 000 000 000, leia-se 100 mil milhões de dólares (ou 85 mil milhões de euros). E isto porque Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, se mantém presidente da empresa que lançou então – e cujo valor por ação disparou, depois do lançamento do Reels, no Instagram, que é assim uma espécie de clone do TikTok. A avaliação é do índice Bloomberg Billionaires, que lista anualmente as pessoas mais ricas do mundo.
O lançamento daquela funcionalidade ocorreu precisamente no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou proibir o TikTok, a famosa aplicação chinesa que explodiu em popularidade ao longo do último ano. Trump chegou mesmo a emitir uma ordem executiva que impediria a empresa chinesa de operar nos Estados Unidos, caso não passasse a ter um proprietário americano no prazo de 45 dias. Sabe-se que a dita ByteDance tem estado em negociações com a Microsoft sobre uma potencial venda, mas com algumas reservas perante as exigências da Casa Branca. Sobre o Reels, o CEO do TikTok, Kevin Mayer, não esteve com meias palavras – e chamou-lhe um “produto imitador”. Para logo depois rematar: “Já a quem quiser apresentar um produto verdadeiramente concorrente, nós dizemos ‘venha ele’…”
Recorde atrás de recorde
A ajudar Zuckerberg, o Reels acabou também por ser lançado uma semana depois de o Facebook ter relatado fortes ganhos, atingido mesmo um novo recorde de 3 mil milhões de utilizadores nas suas plataformas, incluindo o WhatsApp e o Instagram. Um número que cresceu em flecha depois de tantas pessoas se terem visto obrigadas a ficar em casa devido à pandemia. Afinal, só este ano as ações do Facebook subiram quase 30 por cento, acrescentando 22 mil milhões à conta de Zuckerberg.