Milhares de manifestantes em vários pontos dos Estados Unidos ajoelham-se durante osprotestos, por vezes acompanhados por polícias, num gesto simbólico, desde que George Floyd morreu, deitado no chão, com o joelho de um polícia sobre o pescoço.
O movimento de ajoelhar tornou-se um símbolo de protesto contra o racismo e a violência policial contra cidadãos afro-americanos desde um jogo de futebol americano há quatro anos. No dia 26 de agosto de 2016, o jogador e ativista Colin Kaepernick ficou ajoelhado durante o hino nacional. O gesto que foi considerado por alguns altamente ofensivo e desadequado para a cerimónia que antecedeu o jogo, mas também serviu de inspiração para muitos dos manifestantes e apoiantes desta causa.
O jogador continuou a repetir o movimento durante o hino nacional nos restantes jogos daquela época desportiva, até sair dos 49ers. Desde aí, Colin Kaepernick não foi contratado por outra equipa, o que levou a supor que estaria a ser excluído de propósito e que estava a ser forçado a terminar a sua carreira desportiva, dando ainda mais força ao gesto.
Dois anos depois da primeira vez que Colin Kaepernick fez o movimento, a marca Nike, com o slogan “Just Do It”, convidou o jogador de futebol americano para ser uma das caras para uma campanha da marca. Numa fotografia a preto e branco com a frase “Believe in something, even if it means sacrificing everything” – acredita em alguma coisa, mesmo que signifique sacrificar tudo.
Passado quatro anos desde este icónico movimento, na última semana, milhares de pessoas homenagearam George Floyd e todos os outros afro-americanos que morreram às mãos da polícia.
Como forma de apoio aos manifestantes, na última segunda-feira, Jim Neil, xerife do Condado de Hamilton, em Cincinnati, no estado de Ohio, ajoelhou-se ao lado dos que estavam em protesto em frente ao tribunal do condado. O gesto de solidariedade também já foi repetido por polícias de Nova Iorque a Los Angeles. Veja as imagens que estão a unir polícias e manifestantes.