O ministro da Saúde da Coreia do Sul, Park Neung-hoo, decidiu recuar e voltar a reforçar as medidas de confinamento, durante as próximas duas semanas, na capital, Seul.
Mais de 500 escolas fecharam novamente esta sexta-feira, depois de uma breve reabertura, e algumas restringiram a permanência dos estudantes dentro dos edifícios . Parques, museus e teatros também foram encerrados ao público e os eventos planeados na região metropolitana serão igualmente cancelados ou adiados, referiu o ministro da Saúde, em conferência de imprensa.
As autoridades de saúde recomendaram que também os ginásios e os cibercafés encerrassem até ao dia 14 de junho. Aos residentes que moram na região de Seul foi pedido que evitem de sair de casa ou comparecer em eventos durante a próxima quinzena.
A Coreia do Sul tem sido considerada um modelo no combate da propagação do coronavírus, sem um bloqueio generalizado, graças aos seus rigorosos testes, identificação de cadeias de transmissão e programa de quarentena.
O vice-ministro da Educação, Park Baeg-beom, referiu que algumas escolas que fecharam esta sexta-feira só tinham sido reabertas há poucos dias e que agora os alunos retomam as aulas à distância. Existem ainda escolas que não fecharam mas restringiram a quantidade de alunos: as secundárias só podem ter dois terços da população estudantil até 14 de junho e as restantes, incluindo os jardins de infância e as instalações de educação especial, só podem admitir um terço dos alunos.
Esta medida vem no seguimento de, na passada quarta-feira, terem sido registados cerca de 80 novos casos – o maior aumento de casos nos últimos dois meses – e a maioria ter sido identificada num armazém de uma empresa em Seul. O vice-ministro da Saúde, Kim Gang-lip, confirmou que até agora 3 836 dos 4 351 trabalhadores e visitantes do armazém foram testados.