Se é certo que a senadora democrata Elizabeth Warren não lidera as preferências dos eleitores democratas, sobre o seu cão, Bailey, não pode dizer-se o mesmo. O exemplar da raça britânica golden retriever já mostrou as suas capacidades para atrair as atenções de todos. Na sua própria conta de Twitter e Instagram, recebe diariamente milhares, quando não dezenas de milhares, de “likes”, superando largamente o que alcança a grande maioria dos tweets da senadora. Mas foi particularmente na última semana, durante uma ação de pré-campanha, onde a democrata não esteve presente pela segunda semana consecutiva, que Bailey mostrou ser o grande protagonista do evento.
“O Bailey está feliz por estar aqui”, foi assim que Bruce Mann, professor de direito da Universidade de Harvard e marido da candidata, inaugurou a ação de campanha da última quarta-feira, a poucos dias da corrida dos democratas à presidência do partido. “É claro que o Bailey está feliz por estar em qualquer lugar, desde que existam pessoas dispostas a acariciá-lo. Mas o que ele realmente gosta é do frio e da neve, por isso está particularmente realmente feliz”, continuou Mann, referindo-se ao forte nevão que caiu na última semana nos E.U.A.
Desde 2018 que Bailey faz parte da família. Na altura, veio substituir Otis, uma cadela da mesma raça, que se tornou particularmente importante na vida do casal e que morreu em 2012, uma semana antes das eleições em que Warren era candidata ao Senado.
“Quando todos os pedidos e decisões chegavam, eu e o Bruce íamos passear a Otis à volta do Fresh Pond”, recordou Warren, em entrevista à CNN. “Sempre que me sentia aborrecida com algum ataque republicano, lá ia eu escovar a cadela. E todas as noites o Bruce, a Otis e eu ficávamos no sofá durante uma hora a ver televisão ”, continuou.
Desde então que Warren e Mann procuravam um substituto para criar aquilo que o professor de Harvard chamou de “ilusão de normalidade”. Bastante carismático e um tanto ou quanto carinhoso, foi assim que Bailey conquistou toda a família e, mais recentemente, também os apoiantes de Warren, roubando as atenções sempre que a senadora não está presente.
“Ele está em campanha em Iowa para se tornar no Primeiro-Cão” escreveu Gideonj Kidd, administradora da conta viral “Eu tenho um cão”.
Há quem diga que Bailey já se tornou no “rosto” de campanha de Warren. Certo é que o cão foi a figura de destaque da festa do partido democrata que decorreu na capital do estado do Iowa, em novembro do ano passado e, agora é mais uma vez o protagonista da campanha da senadora de Massachusetts tanto através das redes sociais, como durante os próprios eventos onde os apoiantes aproveitam para tirar selfies com Bailey. “Muitos de nós reconhecemos primeiro o Bailey antes mesmo de vermos a senadora” confessou ao New York Times uma apoiante do Warren.
Mas Bailey não está sozinho nesta corrida. Há quase duas dezenas de outros candidatos na corrida às primárias do partido democrata e a grande maioria tem em casa fãs de quatro patas.
É exemplo Pepper, o cão do senador do Clorado que, segundo o The Denver Post, foi um presente que Michael Bennett terá dado às três filhas depois da campanha de 2010.
Também, Joe Biden ex-vice-presidente do Partido Democrata, tem dois pastores-alemães: Champ, foi adotado logo após as eleições de 2008 e Major, em novembro do ano passado.
Há muito que os cães são excelentes adereços presidenciais. Aliás, em mais de 100 anos, Donald Trump é o único presidente que não tem nenhum animal de estimação. Recorde-se que o último presidente americano, Barack Obama, adotou Bo e Sunny, dois cães de água de raça portuguesa, vistos por diversas vezes nas redes sociais do ex-presidente.
