É uma dúvida habitual nas crianças: de onde vem o vento? Donald Trump, aparentemente, também não sabe. Num discurso para uma plateia de jovens conservadores na cidade de West Palm Beach, na Florida, o presidente dos EUA decidiu falar sobre moinhos de vento e confessar a sua ignorância. Isto, porém, só depois de garantir que estava por dentro do tema como ninguém. “Estudei [os moinhos] melhor do que qualquer pessoa que conheça,”, disse. Mas logo acrescentou: “Nunca percebi o vento. Sabem, eu sei muito sobre moinhos de vento. São barulhentos. Matam os pássaros. Querem ver um cemitério de pássaros? Um dia, vão até um moinho de vento. Vão ver mais pássaros do que alguma vez viram nas vossas vidas.”
Não é a primeira vez que Trump é criticado e até ridicularizado pelas suas diatribes contra a energia eólica. Num desses casos, o presidente americano disse que o ruído dos aerogeradores causavam cancro. O assunto começou a merecer a sua atenção desde que foi apresentado um projeto de um parque eólico para uma zona perto do seu campo de golfe na Escócia.
Esta era, na verdade, apenas uma introdução para falar sobre energias renováveis, tema que Trump não aprecia particularmente (entre outras coisas, decidiu a saída dos EUA do Acordo de Paris, que limita as emissões de gases com efeito de estufa). Mas o discurso sobre o tema principal não foi mais escorreito. “[Os aerogeradores] são fabricados principalmente na China e na Alemanha. Mas são fabricados tremendamente, se gostam disso, fumos tremendos. Gases estão a ser lançados na atmosfera. Sabem que temos um mundo, certo? Portanto, o mundo é minúsculo, comparado com o universo. Tremendas, tremendas quantidades de fumos e tudo. Falam sobre a pegada carbónica, fumos lançados ao ar, certo? Jorrados. Seja na China, na Alemanha, estão a ir para o ar. É o nosso ar, o ar deles, tudo, certo?”