“Ontem à noite, os Estados Unidos fizeram justiça ao principal líder terrorista do mundo. Abu Bakr al-baghdadi está morto”, confirmou este domingo Donald Trump, descrevendo-o como “o fundador e o líder do Estado Islâmico”. “Os Estados Unidos procuravam Baghdadi há muitos anos. Capturar ou matar Baghdadi tem estado no topo das prioridades de segurança nacional da minha administração.”
Horas antes, Trump tinha anunciado na rede social Twitter que “algo enorme acabou de acontecer!”
Em conferência de imprensa, na Casa Branca, o presidente americano classificou como “impecável” o raide que levou à morte de Baghdadi e de “um grande número de combatentes e de seus companheiros”.
Trump confirmou também que o líder do auto-proclamado Estado Islâmico morreu ao detonar um colete de explosivos. A explosão matou ainda três crianças.
“Ele morreu depois de entrar num túnel sem saída, a choramingar e a gritar. O local já tinha sido limpo, com as pessoas a renderem-se ou a serem mortas. Onze crianças foram retiradas de casa e não sofreram ferimentos. Os únicos que ficaram foram Baghdadi, no túnel, e arrastou três dos seus filhos consigo. Ele chegou ao fim do túnel com os nossos cães a perseguirem-no. Ele detonou o seu colete, matando-se e às três crianças”, esclareceu.
Esta é a mais importante operação militar dos EUA a visar um líder extremista desde a morte a 2 de maio de 2011 de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, às mãos das forças especiais norte-americanas, no Paquistão, e ocorreu num momento de intensa atividade militar no norte da Síria.
O regime sírio e o seu aliado russo aceleraram o envio de tropas para a fronteira sírio-turca, enquanto os norte-americanos anunciaram o reforço militar numa zona de petróleo mais a leste, sob controlo curdo.