Travar as alterações climáticas é uma necessidade urgente. No entanto, as medidas que se impõem não parecem entrar com facilidade na rotina das pessoas. Na semana em que começa uma nova onda de manifestações pelo clima um pouco por todo o mundo, um estudo feito pela agência Reuters e pelo instituto Ipsos, nos Estados Unidos, avaliou a vontade das pessoas em agir perante a questão ambiental.
E a grande conclusão é que 69% dos americanos querem que o seu país adote estratégias duras e “agressivas” para combater as mudanças climáticas. Contudo, nem todos estão dispostos a canalizar as suas despesas para o efeito: menos de um terço dos inquiritos aceitam aumentar os impostos em 100 dólares (€91) por ano, o que daria cerca de 8 dólares por mês.
O inquérito mediu a predisposição das pessoas para adotar determinadas medidas no sentido de inverter o fenómeno do aquecimento global. Quase 70% das pessoas estariam disponíveis para reduzir o uso de energia em suas casas. No entanto, apenas 29% aceitaria um aumento de 100 dólares por ano na sua conta de eletricidade para ajudar a salvar o planeta.
Nos EUA, a questão ambiental tem sido sobretudo levada ao debate político pelo partido democrático, tendo o atual presidente Donald Trump, do partido republicano, recuado alguns projetos ambientalistas já iniciados pelo anterior presidente Barack Obama.
Ainda assim, o estudo veio demonstrar que também o eleitorado republicano está sensibilizado pela questão ambiental: por exemplo, 69% dos republicanos inquiridos consideram que o governo devia investir no desenvolvimento de fontes de energia renováveis.