Num texto publicado hoje no jornal Le Figaro, os especialistas apelam a Emmanuel Macron que “deixe os historiadores e os peritos ter tempo de fazer um diagnóstico antes de decidir sobre o futuro do monumento” e pedem uma abordagem ética e bem pensada, em oposição a uma “agenda política” baseada na rapidez.
O Governo francês apresentou na semana passada uma lei que visa acelerar a reconstrução da Notre-Dame que permitiria aos trabalhadores ignorar alguns procedimentos.
Macron definiu como objetivo reconstruir a catedral em cinco anos, o que alguns especialistas consideram impossível de alcançar.
Os trabalhos para a cobertura e proteção da Notre-Dame começaram na passada terça-feira pelo interior do monumento.
As degradações provocadas no edifício pela grande quantidade de água utilizada pelos bombeiros no combate ao incêndio de 15 de abril e o estado das obras de arte que se encontram no seu interior constituem a atual prioridade para as equipas envolvidas na recuperação da catedral.
A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, em 15 de abril, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto.
As chamas destruíram o pináculo e uma grande parte do telhado, além de parte do acervo artístico no interior.
A Procuradoria de Paris disse que os investigadores estavam a considerar o incêndio como um acidente.
A tragédia de Notre-Dame gerou mensagens de pesar e de solidariedade de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal, bem como do Vaticano e da ONU.
com Lusa