Os portugueses acorreram aos balcões dos CTT e esgotaram as embalagens solidárias que os CTT tinham alocado à campanha de recolha de donativos para as vítimas do ciclone Idai, em Moçambique. A partir de agora, a empresa não recebe mais bens.
O passo seguinte é enviar as doações para o país e depois fazê-las chegar às comunidades mais afetadas, o que ficará nas mãos dos Correios de Moçambique, parceiro dos CTT nesta missão.
O embaixador da República de Moçambique em Portugal, Joaquim Bule, já agradeceu o empenho e resultado da campanha e garantiu que “os Correios de Moçambique se encarregarão de encaminhar os donativos ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), para posterior redistribuição pelas vítimas do ciclone que assolou as quatro províncias da região central do país, nomeadamente Sofala, Manica, Tete e Zambézia” .
Em comunicado enviado às redações, o diretor de Marca, Comunicação e Sustentabilidade dos CTT destaca “a enorme e massiva onda de solidariedade dos portugueses. Miguel Salema Garção garantiu ainda que “os CTT vão continuar a abraçar grandes causas, aproveitando a capilaridade da rede e a proximidade com as populações.”
Apesar de os CTT terem terminado a campanha – que era suposto durar até dia 8 de abril, não fosse a forte adesão da população, há muitas outras instituições a recolher bens de primeira necessidade para enviar para aquele país, onde mais de uma semana depois de o ciclone ter chegado, ainda se fazem operações de busca e salvamento. Entre elas, a Helpo, a SIM, a Cáritas e a AMI. Pede-se também que quem possa, contribua com ajudas monetárias, a forma mais rápida de conseguir suprir algumas necessidades no terreno.
Na Beira, a principal cidade da região afetada, tenta-se de alguma forma retomar a normalidade, com as escolas a prepararem-se para reabrir e os mercados a operar com o pouco que têm. As autoridades estimam a necessidade de centenas de milhares de dólares para a primeira fase de ajuda às populações.