A revelação foi feita pelo democrata Ted Deutch, que falava terça-feira numa audiência sobre a política de “tolerância zero” da Administração Trump, que resultou na separação de milhares de crianças dos pais na fronteira. O congressista adiantou que às 4.500 queixas de abuso sexual que chegaram ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, juntam-se mais 1.300 apresentadas ao Departamento de Justiça durante o mesmo período.
Deutch sublinhou que os documentos demonstram que nos últimos três anos houve 154 alegações de abuso sexual a menores não acompanhados, em que o perpretador terá sido um funcionário.
Feitas as contas, “dá uma média de um ataque sexual por um funcionário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos a um menor não acompanhado por semana”.
Jonathan Hayes, responsável do Gabinete de Recolocação de Refugiados, já reagiu à notícia, acusando Deutch de mentir: “A grande maioria das alegações acabam por não ter fundamento quando são investigadas”. A forma como o democrata abordou o tema, continua, foi “um insulto imoral e indecente a todos funcionários públicos dedicados a assegurar a saúde, segurança e bem-estar das crianças do programa UAC [crianças estrangeiras desacompanhadas]”.
Hayes defende que a grande maioria dos incidentes só envolveu menores, do lado das vítimas e dos alegados agressores, sendo que os 178 incidentes relacionados com abuso sexual relatados nos últimos quatro anos envolvendo funcionários dizem respeito a funcionários que não são federais.