Segundo o projeto de convservação ambiental Bicho D’agua, a baleia, provavelmente, perdeu-se e morreu à fome ou de outra causa desconhecida. Depois, as marés encarregaram-se de levar o corpo da cria, que teria cerca de um ano, até à praia de Araruna.
Segundo a ocenaógrafa Maura Sousa, é normal neste época do ano a maré subir quase quatro metros, duas vezes por dia, e inundar o mangal. Normalmente, só lá deixa lixo, “incluindo lixo de navios de muitos locais do mundo”. Desta vez, porém, a maré alta deixou na floresta de mangueiras a carcaça que, quando foi encontrada, já estava em decomposição.
A baleia, com cerca de oito metros de comprimento, terá morrido quatro ou cinco dias antes de ter sido encontrada pelos pescadores, na última sexta-feira, a cerca de 15 metros da costa.
Baleias-jubarte, como esta, são comuns no Atlântico Sul, mas, conforme explica Maura Sousa, não nesta altura do ano. Uma explicação possível é que esta venha do Atlântico Norte, mas a isso só os testes de ADN efetuados poderão revelar.
Os resultados da autópsia, que deverão ser conhecidos dentro de cerca de 20 dias, permitirão, por outro lado, conhecer a causa da morte da baleia.