Parece difícil (quase impossível) assaltar uma galeria de arte, mas para um homem russo foi simples: este domingo, pegou numa obra de um milhão de dólares – quase 900 mil euros – da Galeria Tretyakov, em Moscovo, e saiu calmamente, à vista dos visitantes.
Devido à sua atitude descontraída, as pessoas pensaram que o assaltante era um funcionário do museu e, por isso, não ficaram alarmadas. As imagens de videovigilância mostram um jovem a aproximar-se da pintura, criada em 1908, e, depois de alguns momentos a observá-la, retirá-la da parede e sair.
Mais tarde, o quadro foi descoberto numa zona de construção nos arredores de Moscovo, após uma denúncia anónima. A polícia deteve, também, um homem de 31 anos, que se acredita ter sido o assaltante, apesar de o mesmo ter negado a acusação.
Responsáveis da galeria referiram que a obra Ai-Petri. Criméia, do pintor realista Arkhip Kuindzhi, foi roubada de uma exposição temporária que não tinha alarmes instalados, mas já fizeram saber que, a partir de agora, em todas as obras de arte da galeria vão ser instalados sensores.
Os percalços neste museu de Moscovo não são uma novidade. Em maio do ano passado, um homem de 37 anos danificou a famosa pintura do primeiro czar da Rússia, denominada Ivan the Terrible and His Son Ivan, do pintor Ilya Repin, com uma barra de metal, devido à sua alegada imprecisão histórica. A obra, que foi concluída em 1885, retrata o momento de tristeza quando Ivan, o Terrível, percebe que assassinou o seu filho.