De acordo com o jornal Globo, o último balanço do Corpo dos Bombeiros, emitido às 1:30 (03:30 em Lisboa), elevou para nove o número de mortos e até 300 o números de desaparecidos no desastre. Já foram resgatadas 189 pessoas.
O anterior balanço apontava para sete mortos e cerca de 150 desaparecidos.
A rutura da barragem causou um rio de lama e de resíduos minerais, soterrando as instalações da empresa e destruindo diversas casas na zona.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já considerou ser muito díficil resgatar pessoas com vida dos escombros.
“A polícia, o corpo de bombeiros e os militares fizeram tudo para salvar os possíveis sobreviventes, mas sabemos que as hipóteses são mínimas e provavelmente apenas encontraremos os corpos”, disse o governador, que se deslocou para o local.
Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros.
Este desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a rutura da barragem em Brumadinho era uma “tragédia anunciada”, referindo que já tinha efetuado diversos alertas.
A organização não governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.
“Desde 2015 que inúmeras denúncias foram efetuadas sobre o risco de rompimento de barragens do complexo em Brumadinho, mas mesmo assim teve a sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro passado”, referiu a organização em comunicado.
com Lusa