Vários funcionários que trabalham no consulado norte-americano em Guangzhou, na China, foram evacuados para os EUA por suspeita de terem sido alvo dos chamados “ataques sónicos”. O comunicado oficial do Departamento de Estado americano não especifica quantos foram, mas diz que foram levados para “uma avaliação mais aprofundada” dos sintomas.
Este repatriamento vem no seguimento de um outro, ocorrido em abril, em que um funcionário foi repatriado devido a “problemas neurológicos” relacionados com “barulhos estranhos” que ouvia desde o fim de 2017.
Nessa altura, os EUA enviaram uma equipa para examinar outros diplomatas e as suas famílias para ver se havia ligação entre os seus sintomas e aqueles que tiveram os funcionários da embaixada em Cuba, no fim do ano passado. Recorde-se que o incidente em Cuba levou à retirada dos diplomatas de Havana e à expulsão de outros, originários de Cuba, dos EUA.
O caso ocorrido em abril levou o ministro dos Negócios Estrangeiros a dizer que tinha sido “um caso isolado” e espera que este não fosse “ampliado” ou “mesmo politizado”.
Um dos repatriados ontem, quarta-feira, 6, foi, segundo o jornal The New Youk Times, um engenheiro especialista em segurança que se queixou de ouvir barulhos desde abril passado e que, na sequência disso, passou a ter dores de cabeça fortes e insónias, assim como a sua família. Este engenheiro vivia no mesmo edifício do que foi evacuado em abril.
O Secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou a criação de uma “task-force” para investigar estes acontecimentos inexplicáveis entre os diplomatas colocados além-fronteiras.
No ano passado, 24 funcionários americanos deixaram Cuba depois de, segundo disseram, terem sofrido “ataques sónicos” que lhes provocaram problemas como traumatismos cranianos.