Redundâncias, maiúsculas onde deviam estar minúsculas, falta de clareza. Dezassete anos como professora de Inglês em escolas públicas de Greenville, na Carolina do Sul, habituaram Yvone Mason a estes erros cometidos por miúdos dos segundo e terceiro ciclos. Desta vez, no entanto, o autor era o Presidente dos Estados Unidos, numa carta que enviou à antiga docente em resposta a uma das várias que Mason tem feito chegar à Casa Branca.
“Nunca, mas nunca, recebi uma carta com tantos erros tontos”, garante a professora reformada, em declarações ao Granville News.
Embora seja provável que a missiva tenha sido escrita por um elemento do staff de Donald Trump, está assinada por este.
“Quando se recebe uma carta do mais alto nível de governo, espera-se que esteja, pelo menos, mecanicamente correta”, defende Mason, que assinalou 11 maiúsculas, expressões redundantes e o uso excessivo do pronome “Eu”. No final, sugere a Trump que consulte o site plainlanguage.gov, que encoraja os governantes e outros responsáveis a usarem uma linguagem clara para se fazerem melhor entendidos.
“Se tivesse sido escrita no segundo ciclo, dava-lhe um Suficiente ou um Suficiente +. Se tivesse sido escrita no secundário, dava-lhe um Insuficiente”.
A carta da Casa Branca foi uma resposta a outra que Mason escreveu sobre o tiroteio de dia 14 de fevereiro numa escola na Florida, que fez 17 mortos.