Um rapaz de 15 anos foi condenado a pagar uma multa de 31 milhões de euros por ter começado um incêndio num desfiladeiro americano que alastrou por uma vasta área.
Natural de Vancouver, em Washington, o adolescente lançou dois engenhos de fogo-de-artifício numa zona de mato seco no estado de Oregon, em 2017, que se espalhou por mais 20 mil hectares e levou dois meses a apagar.
Além de evacuação de várias populações, o incêndio levou ao encerramento das principais auto-estradas da zona e à destruição do Columbia River Gorge, um parque natural que recebe cerca de três milhões de visitantes por ano e tem a maior concentração de cascatas da América do Norte.
O rapaz, cuja identidade foi protegida durante todo o processo e que aparece mesmo nos documentos oficiais identificado apenas com as letras A.B. deu-se como culpado de ter ateado o fogo em fevereiro e o juiz sentenciou-se a trabalho comunitário. Liberdade condicional e a obrigação de escrever 150 cartas a pedir desculpa aos afetados pelos incêndios.
Agora, veio a pesada multa que tem de pagar individualmente, não podendo, por ordem do tribunal, contar com a ajuda dos pais.
Durante a leitura da sentença, cujo advogado de defesa intitulou de “absurda”, o magistrado referiu que pode ser estabelecido um plano de pagamentos, com possibilidade de ser interrompido ao fim de 10 anos sem que o rapaz tenha de pagar a totalidade do valor, desde que cumpra os cinco anos de liberdade condicional sem cometer qualquer crime.