O caso passou-se num hospital de Guangzhou, na China, e é contado pela correspondente chinesa do jornal americano The New York Times.
Juliana Logbo, de 28 anos, uma liberiana que costuma acompanhar viagens turísticas de africanos à cidade de Guangzhou, entrou em trabalho de parto e teve de ir para o hospital.
Depois da cesariana de emergência, a equipa de enfermagem não a deixou ver ou pegar nas filhas e levou as gémeas para a unidade de recém-nascidos.
No dia seguinte, quando pediu para ver as crianças, disseram a Juliana que teria de pagar 535 euros em taxas de hospitalização se quisesse ver as meninas. A mãe, que já não tinha mais dinheiro, depois de ter pago 110 euros pelo transporte de ambulância e mais 670 euros de depósito, argumentou que tinha de dar de mamar às filhas e perguntou “em que raio de país estou?”, relata o jornal.
Com a ajuda de uma amiga, conseguiu arranjar os 535 euros, mas já era tarde demais. A conta já tinha subido para os 678 euros.
Juliana disse que não tinha como pagar e a administração baixou para 600 euros, mas, mesmo assim, ela não tinha esse dinheiro. Implorou, a chorar, para ver as filhas e, só depois depois de algumas perguntas da correspondente do New York Times à gerência do hospital é que o caso avançou. Pelo menos nesse dia à tarde, passados cinco dias de ter dado à luz, Juliana pôde ver, finalmente, as gémeas.
Mas a história não acabou aqui. Sem dinheiro para pagar teve de permanecer mais uns dias no hospital. Só oito dias depois, e quando o valor já estava perto dos três mil euros, é que a mãe pôde sair e levar as crianças consigo. A verba foi paga com os donativos feitos à família.