O estado norte-americano do Louisiana já tinha uma lei sobre “os crimes contra-natura”, mas foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal dos EUA, em 2003 porque condenava, da mesma forma, sexo anal consensual entre humanos e com animais. A presente proposta de lei retira a “copulação carnal contra-natura” de um humano com um animal da definição de “crime contra natureza e cria um crime à parte: abuso sexual de animais.
O documento defende que o animal abusado seja afastado do perpetrador do crime e que os condenados sejam impedidos de ter qualquer animal no futuro.
O senador do Lousiana que escreveu o novo texto, JP Morrell, disse à imprensa norte-americana que a ideia é definir com mais clareza a “bestialidade” e torná-la ilegal à luz que uma lei aplicável. O político considera que a lei atual é demasiado ambígua. A nova definição classifica como crime de abuso o contacto sexual com um animal e condena também quem participe conscientemente num caso desses.
“Deus vos livre de votar contra esta lei, boa sorte a explicar porquê”, disse Morrel aos senadores antes da votação. O aviso não impediu, no entanto, dez senadores republicanos de o fazerem e uma possível explicação chega através de Gene Mills, presidente do conservador Fórum da Família do Louisiana, ao jornal local The Times-Picayune: “Acreditamos que a lei [antiga] do Louisiana é instrutiva na sua natureza e está escrita de forma a refletir os valores dos cidadãos do estado. A última coisa que precisamos é de outra lei”.