Joaquín Guzmán, mais conhecido como “El Chapo”, prometeu não matar nenhum dos jurados que estarão presentes no seu julgamento em setembro deste ano, relata o seu advogado de defesa.
Eduardo Balarezo acredita ser desnecessário manter os jurados no anonimato e protegidos por guardas armados, como foi pedido em tribunal.
Oferecer proteção especial aos jurados “envia a mensagem a cada jurado de que ele ou ela precisa de ser protegido contra Guzmán. A partir daí, os membros do júri podem deduzir que Guzmán é tão perigoso quanto culpado”, escreveu Balarezo num requerimento transcrito pelo New York Post.
Os procuradores de justiça pediram ao juiz Brian Cogan, do Tribunal Federal de Brooklyn, para eleger um júri anonimo para o julgamento do líder do Cartel de Sinaloa, agendado para setembro deste ano. O pedido foi fundamentado pela alegada longa história de violência de El Chapo para com testemunhas passadas.
Para além de anonimato, foi também pedido que os jurados ficassem parcialmente isolados num local seguro durante os três a quatro meses de julgamento, com escoltas armadas de e para esse local.
Balazero defende que esta medida do governo americano é baseada em alegações “suspeitas e não comprovadas” de outros suspeitos “a tentar reduzir as suas próprias sentenças”.
O advogado acrescenta que, em vez de se eleger um jurí anónimo, os nomes dos jurados deveriam ficar em segredo apenas de Guzman e as suas identidades proibidas de ser reveladas pelos meios de comunicação.
Guzman, de 60 anos, é acusado de gerir operações de tráfico de cocaína, heroína e metanfetaminas a nível global, enquanto líder do Cartel de Sinaloa, no México e de ter um papel ativo na guerra entre cartéis de droga mexicanos, que dura há cerca de uma década e já vitimizou mais de 100 mil pessoas.
Caso seja dado como culpado, enfrenta uma pena de prisão perpétua.