O Partido Popular (PP) assume o papel de guardião da unidade espanhola, valorizado pelo seu eleitorado. Mas o PP corre o risco de ficar sem uma maioria para aprovar o orçamento do Estado para 2018 e pode ter de enfrentar os erros do passado, como o recurso contra o Estatuto catalão e seis anos de imobilismo.
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) aposta tudo no cenário pós-1 de outubro, com uma proposta vaga de reforma federal e plurinacional, que gera uma grande divisão interna. Este PSOE está a sofrer ao ter de dizer ‘sim’ à política de mão dura de Rajoy.
Unidos Podemos (UP) Se não existir um referendo mas uma mobilização a favor da autodeterminação, o partido de Pablo Iglesias resolve o problema da sua ambiguidade perante a consulta unilateral. O Podemos defende um referendo acordado entre a Catalunha e o Estado.
Ciudadanos (C’s) O partido de Albert Rivera é o mais intransigente defensor da unidade espanhola, o que o reforça neste tempo de guerra de trincheiras. Mas também o deixa sem margem de manobra numa hipotética solução.
Partido Nacionalista Vasco (PNV) Adiou a negociação orçamental com o PP. Como partido nacionalista é obrigado a demarcar-se das medidas repressivas na Catalunha. É uma peça-chave tanto para uma saída negociada como para que se mantenha (ou desapareça) a estabilidade política em Espanha.
Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) O seu líder, Oriol Junqueras, vice-presidente da Generalitat e favorito nas próximas eleições catalãs, pode ficar inabilitado. O ERC está no seu momento, como independentista genuíno, mas tem de provar que sabe negociar.
Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) O seu maior ativo, o presidente Puigdemont, parece querer imolar-se como mártir do independentismo, o que impulsionará a causa e o partido, herdeiro das cinzas da CiU desaparecida com a corrupção do clã Pujol.