As autoridades mexicanas anunciaram na quarta-feira que o número de mortos aumentou para 230, na sequência do sismo de magnitude 7,1 que abalou o centro do México, com o Presidente Peña Nieto a pedir “calma” aos cidadãos.
Inicialmente foi avançado um número de 248 mortos pelas autoridades, mas depois foi revisto para 225 mortos e na mais recente informação das autoridades mexicanas o total oficial aumentou para 230 mortos.
Segundo as autoridades mexicanas, citadas pela agência noticiosa Efe, das 230 mortes, 100 ocorreram na Cidade do México, 69 em Morelos (onde foi o epicentro do sismo), 43 em Puebla, 13 no Estado do México, quatro em Guerrero e um Oaxaca.
Entre os mortos na capital federal, na Cidade do México, estão pelo menos 21 crianças e quatro adultos no desabamento da escola primária Enrique Rebsamen. A escola primária Enrique Rebsamen, localizada no extremo sul da capital, é considerada um dos locais prioritários dos trabalhos de resgate, e concentra centenas de socorristas e militares, além de dezenas de pais desesperados que tentam saber o paradeiro dos filhos.
O presidente Enrique Peña Nieto visitou o local e conversou com socorristas. “Há 30 crianças desaparecidas, além de oito adultos, e seguem os trabalhos de resgate”, revelou.
O sismo teve o seu epicentro a 12 quilómetros a sudeste de Axochiapan, no estado central de Morelos, a uma profundidade de 57 quilómetros, e destruiu uma ponte que liga a capital, a Cidade do México, com Acapulco.
Este sismo aconteceu no dia em que se completam 32 anos desde que um poderoso terramoto de 8,1 deixou mais de 10 mil mortos na Cidade do México.
Assim como em 1985, dezenas de civis transformaram-se em socorristas improvisados para procurar sobreviventes entre os escombros.
A Cidade do México conta com um sistema de alertas que se ativa um minuto antes do sismo, mas jornalistas da AFP afirmaram que desta vez o alerta só foi ouvido no mesmo momento em que se sentiu o tremor.
A 7 de setembro passado, um terremoto de magnitude 8,1, o mais forte em um século no México, deixou 96 mortos e mais de 200 feridos no sul do país, especialmente nos estados de Oaxaca e Chiapas.
As autoridades informaram que, na sequência do abalo sísmico, 45 edifícios ruíram e que temem que haja pessoas sob os escombros de seis destes imóveis.
Sem registo de vítimas portuguesas
O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, disse hoje à Lusa que, até cerca das 03:30 (hora de Lisboa), não havia registo de portugueses entre as vítimas do sismo que atingiu o México na terça-feira à noite.
“Até às 03:30 [21:30 no México], não havia registo de qualquer português” entre as vítimas, adiantou à Lusa o governante, que indicou contudo que é ainda “muito prematuro” fazer uma avaliação das consequências do abalo.
As autoridades mexicanas, acrescentou, “estão em fase de procura avaliar os estragos e vítimas”.