Após meses de negociações, oitenta e três jovens foram libertadas este sábado, na Nigéria, mas apenas 82 voltaram para a capital, disse um porta-voz do presidente nigeriano Muhammadu Buhari.
Uma das adolescentes recusou-se a ser libertada porque preferiu permanecer com o marido. “Estou feliz onde estou, tenho um marido”, disse a estudante do liceu de Chibok.
As dezenas de jovens libertadas estão agora na capital Abuja, aos cuidados do governo que está a reunir dados pessoais das estudantes para as entregar às famílias.
Em outubro, com a intervenção da Cruz Vermelha, tinha sido libertado o primeiro grupo (de 21 estudantes) que também permaneceu ao cuidado do governo para receber tratamentos médicos e acompanhamento psicológico.
Algumas das jovens que fugiram após o rapto relataram que algumas das colegas tinham morrido por desenvolverem doenças e outras não queriam voltar para casa porque tinham sido radicalizadas pelo Boko Haram.
Ativistas dos direitos humanos temem que algumas jovens tenham sido usadas pelo grupo extremista em atentados suicídas.
Mais de 200 estudantes foram sequestradas, pelo grupo extremista Boko Haram, em abril de 2014. Cerca de 113 ainda estão em cativeiro.