Em vésperas do primeiro encontro com o Presidente da China, Xi Jinping (próxima quinta-feira, na Florida), Donald Trump levantou o véu sobre a estratégia dos Estados Unidos da América para lidar com a ameaça nuclear da Coreia do Norte. A prioridade é envolver a maior potência asiática num esforço conjunto para travar os avanços do regime de Pyonyang, aproveitando a sua “grande influência” sobre o vizinho do Norte.
“Se decidir ajudar-nos, será muito bom para a China. Se não o fizer, não será bom para ninguém”, começou por referir o líder americano, em entrevista ao Financial Times, desenvolvendo depois o raciocínio para a segunda possibilidade: “Se a China não solucionar a (questão da) Coreia do Norte, nós iremos fazê-lo. É tudo o que vos digo.”
Não concretizou, portanto, se por trás dessa ideia estão sanções económicas ou ações militares. À medida que se sucedem os testes nucleares na Coreia do Norte, cresce o receio nas forças armadas dos Estados Unidos de que o alcance dos mísseis possa atingir território americano dentro de poucos anos. A própria administração de Barack Obama considerou a Coreia do Norte como a maior prioridade para o país a nível de segurança, quando passou o testemunho a Donald Trump, eleito em novembro passado para comandar a Casa Branca.