A eleição do secretário geral das Nações Unidas começa esta terça-feira e prolonga-se durante três dias, ao longo dos quais cada um dos oito candidatos enfrenta uma longa sessão de perguntas dos 193 estados-membros. O processo será transmitido em direto para todo o mundo.
Antes desta mega “entrevista de emprego”, os candidatos, entre os quais o ex-primeiro-ministro português António Guterres, enviaram uma “Declaração de Visão”, que estará certamente entre os pontos a debater.
Como se tudo isto não fizesse já desta entrevista a mais dura do mundo, ainda haverá perguntas submetidas, via vídeo, por pessoas não ligadas à ONU, desde crianças a grupos de defesa dos direitos dos indígenas.
Esta forma de escolher o novo secretário-geral da organização é inédita nos 70 anos de história das Nações Unidas e visa tornar o processo “o mais aberto e transparente possível”.
Além de António Guterres, são candidatos o ex-primeiro-ministro de Montenegro e atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Igor Luksic, o antigo presidente da Eslovénia, Danilo Turk, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, da Bulgária, a ex chefe de Governo da Nova Zelândia, Helen Clark e três antigos ministros dos Negócios Estrangeiros: da Macedónia Srgjan Kerim, da Croácia, Vesna Pucic e da Moldávia, Natalia Gherman.