Ibrahim e Khalid El Bakraoui, de origem marroquina, nascidos no subúrbio bruxelense de Laken, tinham antecedentes de criminalidade violenta e de condenações. Carjacking, assaltos e tentativa de homicídio. Ibrahim passou pelos campos de treino do Daesh, na Síria e ambos foram cúmplices dos atentados de Paris. Morreram nos ataques suicidas de Bruxelas: Ibrahim no aeroporto e Khalid na estação de metro.
Tudo indica que apartamento que os homens-bomba partilhavam na rua Max Roos, em Schaerbeek, e de onde partiram de táxi para executar os crimes, pertence a um cidadão português, Alexandrino Rodrigues. A notícia foi avançada pelo The Sunday Times. A procuradoria belga indica que o apartamento do 5º andar foi alugado utilizando uma identificação falsa, um bilhete de identidade em nome de Miguel dos Santos.
A polícia federal belga encontrou no local uma quantidade considerável de explosivos, detonadores e uma mala cheia de pregos e parafusos, assim como diferentes componentes para fabricar bombas. De acordo com o jornal britânico, na altura em que Alexandrino conheceu os seus novos inquilinos convidou-os para beber um café. No entanto, com o passar das semanas, ele começou a desconfiar devido ao cheiro de produtos químicos que vinha do quinto andar. Decidiu não questionar os inquilinos porque os novos clientes tinham feito um contrato de longa duração, válido por 12 meses.