De quase desconhecido a mais popular que Trump
Era um novato na política quando conquistou no Texas um lugar no Senado, em 2012, e, desde então, tem vindo a conquistar, ao mesmo tempo, popularidade e anticorpos entre os próprios republicanos. Conservador e profundamente religioso, o senador John McCain apelidou-o de “ave rara” e não é incomum a referência a Cruz como “o homem mais odiado de Washington”.
Um homem da lei
Com formação em Direito de Princeton e Harvard, Ted Cruz trabalhou com o presidente do Supremo Tribunal, esteve à frente de um escritório de advogados com clientes de peso, ensinou na Universidade do Texas e ainda representou o estado como procurador geral.
Uma questão de fôlego
Cruz tornou-se o menino bonito dos radicais do Tea Party em 2013 quando falou sem parar durante 21 horas e 19 minutos para convencer o Congresso a cortar o financiamento ao Obamacare. O discurso é visto como uma peça importante na paralisação parcial do país durante 16 dias.
Mestre dos debates
Já em Princeton era um campeão nos debates e a sua agressiva estratégia nos frente-a-frente tem-lhe rendido dividendos. Em outubro recebeu uma das maiores ovações de sempre num debate, ao esgueirar-se habilmente às perguntas colocadas pelos moderados. “Que tal falar dos assuntos importantes que interessam às pessoas?”, lançou. E a multidão não escondeu a aprovação.
Humor
Na semana antes do Natal, Ted Cruz lançou um vídeo em que aparecia a ler às filhas “Como o Obamacare roubou o Natal” e “Rudolfo, a Rena Desempregada”. A paródia foi vista quase dois milhões de vezes em cinco semanas. No Twitter, quando Donald Trump, seu adversário na corrida à nomeação republicana, se recusou a participar no último debate antes das primárias no Iowa, Cruz partilhou um link para o tema “Brave Sir Robin Ran Away” (“o bravo senhor Robin fugiu”) dos humoristas britânicos Monty Python.
Canadiano de nascença
Uma das objeções ouvida com frequência à sua presença na corrida à Casa Branca é o facto de ter nascido no Canadá (e de um pai com origem cubana). Mas em 2014 Ted Cruz renunciou à cidadania canadiana.
O problema do abacate
Podia ser só um pormenor, até porque gostos não se discutem. Mas para alguém que construiu a sua carreia política no Texas, estado profundamente orgulhoso e cioso do seu guacamole… Foi numa entrevista, em 2013, que Ted Cruz admitiu “detestar” e “desprezar” o abacate. Não tardaram a ouvir-se vozes a pôr em causa a sua capacidade para representar os texanos. “É no que dá eleger um canadiano”, escreveu, então, o The Dallas Observer…
As Nações Unidas e os campos de golf
Foi também em 2013 que o republicano anunciou acreditar que o milionário George Soros liderou uma conspiração das Nações Unidas para acabar com o golf.
Contra o casamento gay
Uma das promessas de Ted Cruz é a de travar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pretendendo mesmo introduzir uma emenda à Constituição para impedir o governo federal ou tribunais de “atacar” as leis dos estados sobre o casamento. “O casamento tradicional é uma instituição cuja integridade e vitalidade são críticas para a saúde de qualquer sociedade”, defende.
E também contra a lei que protege as mulheres da violência doméstica
Ted Cruz foi um dos oito senadores a votar, em 2013, contra uma lei destinada a proteger as mulher da violência doméstica.