Excertos dos discursos papais nos seis dias de visita aos EUA. Uma deslocação histórica que incluíu as cidades de Washington D.C., Nova Iorque e Filadélfia, e lugares simbólicos como Capitólio e a sede da ONU, com o líder da Igreja Católica a ser aclamado como uma estrela rock
- “Ajudemos os outros como gostaríamos que nos ajudassem a nós. Numa palavra, se queremos segurança, temos de dar segurança; se queremos vida, temos de dar vida; se queremos oportunidades, temos de as oferecer.”
Mal aterrou nos EUA, dia 22, Francisco assumiu-se como “filho de emigrantes” e referiu-se por diversas vezes à emigração e aos “rostos silenciados” que “não podem ser cidadãos de segunda” e “não devem nunca envergonhar-se das suas tradições”.
- “O poder tecnológico, nas mãos de ideologias nacionalistas ou falsamente universalistas, é capaz de provocar tremendas atrocidades.”
Palavras proferidas na sede da ONU, em que advertiu para “as ambições sem controlo”, os “egoísmos coletivos” e a possibilidade da organização ser utilizada para legitimar guerras
- “Levo gravadas no meu coração as histórias, o sofrimento e a dor dos menores que foram abusados sexualmente por sacerdotes. (…) Prometo que todos os responsáveis vão prestar contas.”
Após se ter reunido em privado com cinco vítimas de padres pederastas, em Filadélfia
- “Este é um lugar onde choramos. Choramos pela dor que provoca sentir a impotência frente à injustiça, frente ao fratricídio, frente à incapacidade de solucionar as nossas diferenças através do diálogo. Neste lugar choramos a perda injusta e gratuita de inocentes por não encontrarmos soluções em prol do bem comum.”
Cerimónia religiosa junto ao monumento às vítimas dos atentados do 11 de Setembro, em Nova Iorque
- “A cultura atual parece estimular as pessoas a entrarem na dinâmica de não se ligarem a nada nem a ninguém (…) O mais importante parece ser ir atrás da última tendência ou atividade, inclusive a nível religioso. Hoje, o mais importante é determinado pelo consumo. Consumir relações, consumir amizades, consumir religiões, consumir, consumir… Não importa o custo ou as consequências.”
No Encontro Mundial das Famílias,
- “É penoso constatar sistemas penitenciários que não tentam curar as chagas, sanar as feridas, criar novas oportunidades.”
Ao visitar a prisão de Curran-Fombold, na Pensilvânia, criticando o facto dos EUA terem uma das maiores populações prisionais do mundo – 2,4 milhões de indivíduos
- “As mudanças climáticas são um problema que não podemos deixar para a próxima geração.”
Advertiu Francisco, o primeiro Papa a assinar uma encíclica dedicada aos problemas ecológicos a Laudato Si – Sobre o Cuidado da Casa Comum
- “Imitar o ódio e a violência dos tiranos e assassinos é a melhor maneira de tomar o seu lugar.” (…) “Cada vida é sagrada e cada ser humano possui uma dignidade inalienável.”
No primeiro discurso de um Papa no Capitólio (o Parlamento dos EUA), Francisco defendeu o fim da pena de morte e condenou o comércio de armas de guerra
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LEIA O EXCLUSIVO DA TIME SOBRE A VISITA DO PAPA AOS EUA NA VISÃO DESTA SEMANA, QUINTA-FEIRA NAS BANCAS
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