Milhares de migrantes que estavam junto da fronteira com a Croácia começaram a ser transportados de autocarro para a Eslóvenia. A confusão foi enorme pois mais de 2.000 pessoas aguardaram impacientemente a sua vez para viajar.
A policia foi obrigada a lançar gás lacrimogéneo para controlar a multidão de refugiados cansados e cheios de fome que queria ir para Norte. O governo de Budapeste decidiu colocar dezenas de quilómetros de arame farpado na Húngria para evitar a entrada de dezenas de migrantes.
A União Europeia tem agendada uma reunião de emergência para debater o problema dentro de cinco dias.
A Eslovénia está preparada para acolher “até 10.000” refugiados que façam um pedido de asilo naquele país, disse a embaixadora eslovena na Alemanha, Marta Kos Marko, numa entrevista publicada hoje na imprensa alemã.
“Quando os refugiados nos fizerem pedidos de asilo, nós vamos acolhê-los e protegê-los. Temos capacidade para isso. Poderemos acolher até 10.000”, disse Marta Kos Marko numa entrevista ao jornal regional Rheinische Post.
“Vamos agir de acordo com as regras dos acordos de Schengen e de Dublin”, afirmou a embaixadora eslovena.
Mais de 4.500 migrantes de várias nacionalidades foram resgatados no Mediterrâneo quando tentavam atravessar para a Europa a partir da costa da Líbia, em 21 operações de salvamento, anunciou a guarda costeira italiana.
O barco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) resgatou mais de 800 pessoas que pretendiam chegar a Itália, assim como outros migrantes, recolhidos durante as operações de resgate.
“Nós começámos hoje ainda antes do amanhecer com o nosso primeiro socorro. Resgatámos dois barcos de madeira e dois barcos de borracha”, disse Simon Burroughs, coordenador das missões de socorro dos MSF.
Uma menina síria de cinco anos foi, entretanto, hoje, encontrada morta depois de o barco em que seguia na travessia da Turquia para a Grécia se ter afundado, e vários outros refugiados estão dados como desaparecidos, adiantou a agência noticiosa AFP
A guarda-costeira grega disse ter resgatado 11 pessoas e que continuava à procura de sobreviventes. “Foi-nos dito que outras 26 pessoas seguiam no barco”, adiantou uma porta-voz da guarda-costeira.