A traineira Marianne de Gotemburgo foi ontem ao fim do dia encaminhada para o porto israelita de Ashdod, onde tripulação está detida e será interrogada e, espera-se, posteriormente, deportada. Ao que as organizações Rumbo a Gaza e SOS Freedom Flotilla fizeram saber, a intercepção da embarcação foi ilegal, por ainda estar em águas internacionais – e terão também sido usadas pistolas taser, com recurso a descargas eléctricas, em alguns dos tripulantes.
Foi Joel Opperdoes, o capitão da Marianne de Gotemburgo, a embarcação que saiu da Suécia há dois meses para furar o bloqueio a Gaza, que deu o sinal de alerta ao dar a cara num video postado ontem no You Tube: “Se estão a ver isto é porque estamos a ser atacados por Israel em águas internacionais. Quero pedir a vossa ajuda, por favor, espalhem a mensagem e levantem-se contra este crime contra leis internacionais. Somos um grupo de pacifistas que vai levar bens essenciais a Gaza”. Pouco depois, já esta manhã, a imprensa internacional dava conta de que a Marinha Israelita escoltava a embarcação até terra.
Segundo o ministro da Defesa israelita, Moshe Ya’alon, a operação foi um sucesso, insistindo que “não há qualquer crise humanitária” na região.
Esta nova acção da Flotilha da Liberdade, que a VISÃO acompanhou parcialmente (ver reportagem), acontece numa altura em que se assinalam 5 anos do ataque ao Mavi Marmara, o navio turco que também procurava quebrar o bloqueio económico que Israel mantém àquela região, em que morreram dez ativistas.