A Coreia do Sul acusa a Coreia do Norte de um ataque cibernético na sua central nuclear.
Os ataque foram alegadamente realizados em dezembro e foram descritos pelo governo da Coreia do Sul como “uma clara provocação contra a nossa segurança”.
Em comunicado, o Ministério da Unificação disse: “Condenamos o ciber terror persistente com que a Coreia do Norte ameaça o nosso país e a comunidade internacional.”
Também acusou Pyongyang de “tomar como reféns a vida e a segurança do povo” sul coreano.
Em dezembro, piratas informáticos terão publicado no Twitter manuais, desenhos e outras informações sobre os reatores da Coreia do Sul, juntamente com informações pessoais dos funcionários da empresa.
Segundo a equipa sul coreana que está a investigar o incidente, os hackers tentaram provocar uma avaria nos reatores que fornecem cerca de 30% da eletricidade do país, mas não conseguiram sabotar os sistemas de controlo. Terão roubado os dados através de múltiplos endereços de protocolo de internet, sediados na China, para enviar cerca de 6.000 emails de phishing para mais de 3.500 antigos e atuais empregados envolvidos no funcionamento dos 23 reatores.
Os códigos utilizados nos ataques foram semelhantes aos anteriormente utilizados por hackers do Norte e tinham a intenção de “incitar a agitação social.”
Estas acusações surgem num momento de crescentes tensões na região, e os contínuos exercícios militares norte-americanos e sul coreanos são vistos pela Coreia do Norte como exercícios de treino com vista à invasão.
Não é a primeira vez que Seul acusa Pyongyang de ataques cibernéticos nas infraestruturas sul coreanas, citando exemplos anteriores contra agências governamentais, instituições militares, bancos, emissoras de TV e sítes de órgãos de comunicação social.
A Coreia do Norte negou o ataque cibernético que danificou no ano passado a rede de computadores da gigante dos filmes de Hollywood, Sony, em protesto contra o filme polémico The Interview.