Segundo informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, pelo menos 300 imigrantes desapareceram enquanto atravessavam o Estreito da Sicília.
De acordo com o Alto Comissariado, os sobreviventes e a guarda costeira italiana informaram que viajavam mais pessoas do que as inicialmente contabilizadas nos barcos pneumáticos que partiram da Líbia no passado sábado. Subindo portanto para trezentos os imigrantes desaparecidos no Mediterrâneo.
Carlotta Sami, porta-voz do Alto Comissariado em Itália, revelou que os nove imigrantes entretanto resgatados e transportados para Lampedusa, contaram que o violento temporal que se formou, na passada segunda-feira, no Estreito da Sicília custou a vida aos seus companheiros de viagem.
Segundo contam os media italianos, foram encontradas, na segunda-feira, duas lanchas pneumáticas, uma com duas pessoas que conseguiram sobreviver e a outra com sete pessoas.
Nos dois barcos onde viajavam estavam, segundo os sobreviventes, 105 e 107 pessoas respetivamente, tendo partido da costa da Líbia no passado sábado com outro barco em que viajavam mais 105 imigrantes. Desta última embarcação morreram 29 pessoas devido à hipotermia.
Estas três lanchas naufragaram, segundo as testemunhas, na tarde de segunda-feira devido à forte ondulação e apenas estes nove imigrantes, entre eles um menor, foram encontrados por um rebocador italiano.
Na sequência destes relatos, a Guarda Costeira italiana está já a patrulhar as zonas perto da margem das águas líbias na tentativa de encontrar os corpos dos imigrantes desaparecidos.