Segundo o exército e oficiais do Governo camaronês, os membros do grupo radical Islâmico da Nigéria são os principais suspeitos do rapto de 80 pessoas, a maior parte crianças, e da morte de três outras num ataque fronteiriço a algumas aldeias no norte dos Camarões.
Segundo a Reuters, que cita fontes governamentais, este sequestro, ocorrido no passado domingo, é o maior cometido em solo camaronês, e acontece depois de o Chade ter deslocado tropas para apoiar o exército dos Camarões nessa área.
“De acordo com a nossa informação inicial, cerca de 30 adultos, e 50 raparigas e rapazes com idades entre os 10 e os 15 anos foram raptados”, afirmou um oficial deslocado para o norte dos Camarões e citado pelo The Guardian. O mesmo oficial revelou, ainda, que o ataque teve como destino a aldeia de Mabass e outras ao longo da fronteira. Os soldados intervieram e trocaram tiros com os combatentes islâmicos durante, aproximadamente, duas horas, acrescentou.
Recorde-se que, num vídeo publicado este mês, um homem alegando ser o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, ameaçou itensificar a violência nos Camarões se este país não “rasgasse” a Consituição e abraçasse o Islão.