“O estado de Pauline Cafferkey deteriorou-se progressivamente nos últimos dois dias e ela encontra-se em estado crítico”, informaram, através de um comunicado, os médicos da enfermeira, que chegou domingo à noite a Glasgow, na Escócia, vinda da Serra Leoa.
A enfermeira, que trabalhava naquele país africano com a organização humanitária “Save the Children”, regressou num voo que fez escala em Casablanca, Marrocos, e no aeroporto de Londres, onde foi permitido que continuasse a viagem, apesar de ter comunicado às autoridades que se sentia mal.
Os médicos do hospital haviam informado que a profissional de saúde tinha começado a receber um tratamento experimental antivírico elaborado com plasma sanguíneo de sobreviventes a esta doença.
Este é o segundo caso de Ébola entre britânicos, depois do enfermeiro William Pooley, que contraiu o vírus em agosto, quando trabalhava na Serra leoa, mas que conseguiu recuperar depois de ser repatriado para Londres e receber tratamento no Royal Free Hospital.
O balanço mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado a 31 de dezembro, refere que mais de 20.000 pessoas já foram infetadas com o vírus Ébola nos três países da África Ocidental mais afetados e 7.890 morreram.
Segundo aquelas informações, relativas aos casos registados até 28 de dezembro, a Serra Leoa, o país com mais casos, registou 9.446 casos, 2.758 mortais.
A Libéria registou por seu lado um abrandamento do ritmo de propagação do vírus, contando 8.018 casos, 3.423 deles mortais.
Na Guiné-Conacri, a OMS registou 2.707 casos, 1.708 deles mortais.
Fora destes três países mais atingidos, o balanço de casos mortais mantém-se igual ao anterior – seis no Mali, um nos Estados Unidos e oito na Nigéria -, mas há mais um país com um caso de infeção declarado, o Reino Unido.