A irmã do rei de Espanha, a infanta Cristina, vai ser julgada por um tribunal de Palma de Maiorca por cumplicidade nos crimes fiscais cometidos pelo seu marido, Iñaki Urdangarin, decidiu hoje o juiz responsável pelo caso Nóos.
O juiz José Castro decidiu incluir a infanta Cristina entre os acusados de fraude fiscal no auto de abertura do julgamento, que foi ditado hoje.
Contra os argumentos da defesa da irmã do rei, da autoridade tributária espanhola e do procurador público, José Castro considerou que a acusação que dirige está legitimada para julgar isoladamente a infanta Cristina, que arrisca assim uma pena até oito anos de prisão.
A decisão foi tomada pelo juiz responsável pelo ‘caso Nóos’, que fixou uma caução de 2,6 milhões de euros para a infanta, avança o jornal espanhol El Pais.
O juiz José Castro, responsável pelo pelo caso Nóos, decidiu incluir a infanta entre os acusados de fraude fiscal no auto de abertura do julgamento, que foi ditado hoje, referindo que a infanta “foi cooperante necessária” nas fraudes fiscais cometidas por Urdangarín entre 2007 e 2008. No total, 16 pessoas – incluindo a infanta e o seu marido – vão sentar-se no banco dos réus.
A duquesa de Palma está a responder pelo processo judicial do ‘caso Nóos’, que envolve o seu marido, Iñaki Urdangarín, o sócio deste, Diego Torres, e ainda a mulher deste, Ana María Tejeiro, acusados de corrupção, branqueamento de capitais e apropriação indevida de verbas públicas, num total de seis milhões de euros.
Presidido por Urdangarín, o Instituto Nóos deveria servir como plataforma para a promoção do desporto, sem fins lucrativos, mas foi usado para “enriquecimento privado”, com desvio de verbas para as contas bancárias dos arguidos e para fazer pagamentos particulares (a infanta chegou a fazer alguns em seu nome).