Na versão dos cientistas, os testes de laboratórios realizados com gatos pretendiam entender melhor o corpo humano. Mas para o diretor da organização britânica de direitos animais, Animal Aid, as experiências são “repugnantes, abusivas e inúteis.”
“A definição de tortura é extrair informações de um assunto por meio da violência e do stress. Para mim, isto é tortura”, indignou-se Andrew Tyler ao jornal britânico, para classificar o que os cientistas fizeram ao cortarem o crânio de gatos e lhes colocarem eléctrodos.
Segundo o Daily Mail, os gatos foram anestesiados e em seguida colocaram-lhes eléctrodos e sondas de estimulação nos cérebros para medir o que os animais conseguiam ver e a sua atividade cerebral. Noutro teste, uma placa foi aparafusada aos crânios de dez gatos e eles foram colocados com a face para baixo com grampos nas costas e acima da pélvis. Depois dos testes feitos, a maioria dos gatos recebeu uma injeção letal.
Wendy Higgins, da Humane Society International UK, afirmou que os gatos teriam “sem dúvida, sofrido consideravelmente”. “As pessoas ficaram chocadas ao saber que os animais estão a ser tratados como ferramentas de pesquisa descartáveis, mas o que se torna verdadeiramente imoral é que esses animais estão a perder a vida em experiências que têm pouca credibilidade científica. Isso é a ciência no seu pior”, acrescentou.
A União Britânica para a Abolição da Vivissecção (UBAV) acredita que estas experiências são cruéis e de pouco beneficio. Michelle Thew, chefe da UBAV, disse que a união vai pedir ao “Governo para acabar com o uso cruel de gatos em laboratórios no Reino Unido” mas os cientistas insistem que a pesquisa é vital porque os animais compartilham semelhanças genéticas com os seres humanos e assim é possível desenvolver tratamentos que salvam vidas.