Há quatro meses em coma induzido, no hospital de Grenoble, em França, depois do grave acidente de esqui, no final do ano passado, Schumacher tem apresentado “sinais de consciência”, segundo confirmou a sua agente à imprensa.
No entanto, para o neurocirurgião Peter Hutchinson, professor da Universidade de Cambridge e chefe médico do GP da Fórmula 1 na Grã-Bretanha, esses momentos de consciência não equivalem necessariamente a uma melhoria no estado do ex-piloto.
“Avaliamos a consciência de duas formas: a primeira é se os olhos estão abertos e a segunda é se o paciente responde a ordens simples”, explicou Hutchinson ao programa Health Check, da BBC.
A equipa médica que está a cuidar de Schumacher fez a opção comum de o colocar em coma induzido, como forma de evitar danos na sequência da inflamação no cérebro.
Quando os médicos tentam retirar os pacientes daquele estado, alguns acordam com relativa rapidez, mas o prestigiado neurocirurgião alerta que “nem todos saem do coma induzido e permanecem conscientes”.
“O tempo passa e talvez isso [os sinais de consciência do piloto] seja um sinal de melhoria, mas, para nós, somente quando o paciente começa a obedecer a ordens, como levantar o braço ou abrir e fechar os olhos, é que realmente podemos considerar uma evolução no seu estado de saúde”, sublinha.